EM MIM TENHAS PAZ

Muitas vezes estamos flutuando em um mar sereno e calmo, e inesperadamente somos surpreendidos por uma revolta do mar nos deixando aterrorizados. Assim é a vida, o mundo gira e nós giramos com ele. 

Há momento que estamos muito bem de saúde, nossas economias financeiras bem equilibradas, mas de um momento para outro tudo se desmorona, quando somos noticiados de algum acontecimento trágico ou um resultado de um exame médico que não esperávamos, e transtorna a nossa vida, querendo tirar nossa paz, nosso bem estar.
O que sucedeu com Jó, foi uma coisa inesperada, um desastre, desses que colocamos as mãos à cabeça e dizemos: Meu Deus! o que é isto? O que foi que eu fiz, para merecer tudo isto agora?
Pensava Jó que tudo estava as mil maravilhas. A riqueza favorecia sua vida de tranquilidade e prazer, com muitos bois, ovelhas, camelo e jumentos; inesperadamente todos foram tomados por assaltos e assassinatos dos seus empregados e para terminar, chegou outra fulminante notícia que um vendaval tinha destruído uma casa, matando todos os seus filhos. Que adversidade para Jó! Então, Jó se levantou, rasgou o seu manto, e raspou a sua cabeça, ( hoje as pessoas raspam a cabeça, como honra de ter sido aprovado no concurso do vestibular, simbolizando grande conhecimento e sabedoria e reconhecimento de grande vitória, orgulhando-se do seu saber; enquanto Jó, mostrava em sua humildade, o merecimento de todo  acontecimento, pois achava ele que era imerecido o que ele possuía) se lançou em terra e o adorou, e disse: Nu saí do ventre de  minha mãe, e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor. Havia um consolo em Jó. A paciência e a confiança em Deus garantiu a sua paz mediante todo o acontecimento.
Quando temos segurança da graça de Deus que se encontra em nós, os tremores da vida não chegam a destruir a nossa casa espiritual, não, as vezes ela treme mas o alicerce desta casa é Jesus.
Alguns ano atrás, em uma igreja que passei, tinha um porteiro muito paciente e cheio de fé. Ao terminar o culto ele sempre permanecia na igreja até o último irmão sair; logo depois ele começava a fechar as janelas e portas com tranquilidade e depois ia para casa. Um certo dia quando o culto estava quase terminado, chegou uma notícia para ele que seu filho, que era motorista, tinha sofrido um acidente automobilístico e tinha falecido. Aquele porteiro não esboçou nenhum sinal de desespero, continuou cultuando até terminar o culto e, em seguida fez todos aqueles procedimentos que estava acostumado a fazer em todos os términos de cultos, e pacientemente é que foi para casa.
A atitude daquele irmão me deixou apreensivo, pois ainda não tinha visto uma pessoa com tanto propósito de paz interior, em receber tão trágica noticia e ainda permanecer naquele sentimento de  tranquilidade, só Jesus traz esta imensa paz. Jesus certa vez disse: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. Jo. 14.27
Há pessoa que com pouca coisa logo se desespera, perde o equilíbrio espiritual. O equilíbrio espiritual é o fundamento do cristão, se perdermos, ficamos sem rumo, pois este é o alicerce ou a base da carreira do crente; Jesus disse: Todo aquele que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. Mt. 7:24. A  rocha é Jesus que é o alicerce da nossa vida, estamos fincado nele, e diz: E desceu a chuva, vieram as inundações, sopraram os ventos, e bateram contra aquela casa, e ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. A chuva, as inundações e os ventos são adversidades na vida, lutas, tribulações, calúnia, difamações que enfrentamos, e a casa é nossa vida espiritual.
Vendavais sempre acontecem quando menos esperamos, a tranquilidade da vida torna-se um caos, Jesus disse certa vez: Tenho vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. Jo. 16:33.
 Por que Jesus advertiu os discípulos dizendo, tende bom ânimo?  Ora, Jesus estava dando as últimas instruções aos discípulos antes de sua partida, queria mostrar aos discípulos que eles ficariam a sois, sem sua presença pessoal e iriam passar por muitas perseguições e tribulações. Portanto era necessário preveni-los dizendo: no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo. Ele falava que quando uma pessoa crê nEle e recebe o seu perdão, recebe a vida eterna e o poder de permanecer nEle, embora que as aflições da vida o venha tragar, e os vendavais da vida destrua tudo, mas que o crente imbuído nesta confiança e fé arvore a bandeira da paz.
Em uma certa cidade existia muitos pintores paisagistas, e os líderes daquela cidade para incentiva-los, promove um concurso  para premiar o pintor que pintasse um quadro com o tema simbolizando a paz. 
Os pintores logo se arrojaram em apresentar paisagens que mostrava o silêncio, a primavera, aquelas árvores cheias de flores, rios com águas serenas e etc. A tranquilidade e o silêncio imperava em todas as pinturas. Mas para a surpresas de muitos, o quadro vencedor foi de um pintor que retratou em seu quadro, um grande vendaval; nele existiam muitas árvores inclinadas, quase deitadas ao solo pela força do vento, outras arrancadas pela raiz, casas com os telhados arrancados; uma total destruição, mas no tope de uma árvore em meio a tão grande calamidade, estava um passarinho sobre um galho que balançava tão grandemente, e ele em sua tranquilidade entoava com seu canto, uma maravilhosa melodia, nem parecia que tudo aquilo estava acontecendo em seu derredor.
Muitas das vezes olhamos para a causa, para o obstáculo, e para o gigante que aparece em nossa frente e nos atemorizamos, nos achamos impotente para enfrentarmos e resolvermos o problema, então chega a aflição, o desespero toma conta de nossa vida e a ansiedade bate a nossa porta. Foi isto que Jesus queria fazer saber antes, quando disse: Tenho vos dito isso, para que em mim tenhais paz, no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo. Nesta situação precisamos respirar bem forte e olhar para Jesus o autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, e desprezando a afronta e assentou-se à destra de Deus. Jesus desprezou, não atentou para a aprovação, a luta, a adversidade, pois um gozo o esperava, que era assentar a destra de seu Pai e este mesmo gozo proposto nos espera.
Na adversidade devemos procurar, se possível, tranquilizarmos, olhando para o alto e não perdermos a paz. Tem um hino que diz: Mantenha a calma, não perca a fé.
Precisamos sermos como aquele passarinho, que embora em seu derredor, tudo estivesse caindo, desmoronando, entretanto permaneceu firme.
Tenho vos dito isso, para que em mim tenhais paz.

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